A beleza e a melancolia doce de Isaurian com um toque de cerrado
Banda brasiliense faz experimento entre post-rock, post-metal, doom metal, shoegaze e outros
Isaurian é uma das novas bandas da safra brasiliense de metal, apesar de contar com músicos já experientes da cena. Meu primeiro contato (tardio) com a banda foi na última edição do Festival PicNik (aproveita e confere nosso podcast) e desde então tenho constantemente ouvido e admirado as obras.
As melodias, letras e passagens me remetem a uma melancia doce, com um toque de cerrado, trazidos pelos lyric videos das músicas The Callow, Golden Sky e Hologram, que possui imagens em movimento do eixo, com imagens que casaram bem com a letra e instrumental da música.
Não sei o motivo, mas passar pelo eixão/eixo L e W durante a noite/madrugada me traz uma sensação de taciturnidade, tudo parece tão soturno, olhar pros prédios com as luzes apagadas, tanta vida ali, vida adormecida.
We are the love denied
We are the cold inside
We are the hurt suppressed
We are the bold undead
Voltando aos lyric videos, a banda faz um ótimo trabalho nestes com timelapses de fotos feitas pelo integrante, Guilherme Tanner, que se mostra um bom fotógrafo de paisagens. Confere aqui:
Toda a Escuridão Parece Viva (All The Darkness Looks Alive)
O primeiro EP da banda foi lançado em 2017, conta com uma capa com uma edição bem maneira que já passa um pouco da mensagem do disco. A árvore seca é bem peculiar, uma visão que quem mora no cerrado está acostumado na época de seca.
Flor Morta da Juventude (Dead Flower of Youth)
Flor Morta da Juventude é o segundo trabalho da Isaurian. O EP conta com duas faixas que segundo os artistas apontam para “um som mais orgânico, com mais sala, com mais cuidado nos timbres, na bateria e tudo mais”, conforme afirmaram para o Raro Zine.
A produção desta obra contou com Matt Byles, que já trampou com bandas bem fodas como Mastodon e Pearl Jam.
Trampos futuros
Atualmente a banda trabalha em um álbum cheio, com a participação nos vocais de Hoanna Aragão. A banda contou ao Raro Zine que este será “um disco intenso e diferente e que tá nos obrigando a superar nossas limitações técnicas”.
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Capa de “All The Darkness Looks Alive”
