As Bahias e a Cozinha Mineira: revelação, denúncia e libertação em forma de música
Representatividade na música brasileira

A história toda tem start na Bahia, literalmente, mas se passa em São Paulo, mais precisamente na Universidade de São Paulo (USP). Assucena e Raquel Virgínia, ambas conhecidas como “Bahia”, se reúnem em 2011 dando o start no que seria o grupo musical As Bahias e a Cozinha Mineira. O “cozinha mineira” foi incorporado pela banda logo após a chegada do guitarrista minerin Rafael Acerbi.
As vocalistas são duas mulheres trans poderosas e arrasantes. Utilizam de toda a potência vocal para abordar temas que transitam entre homofobia, transfobia, machismo, bem como o feminismo e questões de gênero, além do preconceito que está presente em tantas situações do cotidiano.
Em suas composições notamos a sensualidade e verocidade de Gal Costa, a melancolia de Cartola e a nostalgia de Clube da Esquina, chegando até um forrozinho maroto ‘a lá’ Gonzagão que se mostra na faixa “Esperança no Cafundó” que diz:
“D’onde os açudes de água carece/ Hás assucena não dá mais viso/ D’onde as hermida não reza prece/ Mais ainda espera o desaguar do teu sorriso”
No compasso dessa gostosa melodia, a banda já tem nos presenteado dois álbuns — o ” Mulher” (2015) e o “Bixa” (2017) .
O primeiro álbum é o de maior destaque até o momento e ambos se encontram disponíveis nos Spotify da vida e na íntegra no Youtube.
Manas, vocês arrasam demais!