O rapper Sansebastianense Boka Renecy, figura recorrente em todas as rodas de rimas e nos eventos culturais da cidade, lançou hoje, sábado, 17, seu primeiro single, “Falsa Liberdade”. Produzido e distribuído pelo selo local ALA Negra Records. A música tem beat e vídeo assinados por Miqueias Galvão (@mgalvão.beats), membro fundador da ALA Negra ao lado de Boka e outros parceiros.
Com métrica complexa e uma letra ácida, crítica e agressiva, Boka aponta o dedo (como se fosse um revólver municiado de rimas) na cara da sociedade moralista e hipócrita: “É um manifesto. Fala sobre o medo que a sociedade da periferia sente de uma viatura. Por exemplo eu, como MC, com as roupas que eu uso… eles nos veem e tratam como bandidos, só o bandido na verdade usa farda. Os que vendem as armas pros traficantes são os mesmos que prendem”, manifesta-se Boka.
Segundo o MC, a letra surgiu no ano passado, logo quando se mudou para São Sebastião e passou a frequentar a recém nascida roda de MCs da cidade. Boka nasceu na Zona Sul de São Paulo, passou em seis meses em Planaltina – GO e, logo em seguida, radicou-se em “São Sebas” quebrada pela qual se apaixonou. “Eu me encontrei aqui. A maioria dos artistas se muda para São Paulo para se realizar. Comigo foi exatamente o contrário”, disse ele recentemente, em um sarau na Olaria Cultural (movimento de que ele também faz parte).
Quando a letra surgiu, a ideia era fazer uma Banca (grupo de rap) e engatar uma Cypher (roda de quatro MCs que dissertam sobre determinado tema), mas o projeto não foi pra frente. Desde então, vem burilando a letra no papel, ou melhor, no bloco de notas do celular: “Eu fico estudando as letras pra poder sair algo que a galera possa entender a minha mensagem, de uma forma pesada, concreta”, afirma.
Boka garante que já tem dois Beats no prelo, também produzidos pelo Miqueias. Pretende lançar um em dezembro e outro em fevereiro. Pensa em lançar um EP com no máximo quatro músicas, mas não tem a intenção de fazer um álbum. “Se eu fosse lançar um álbum, não seria de rap”, diz Boka, que se inspira em um colega mais famoso, o Criolo. “Pra mim, ele é um exemplo, e marcou minha história como um cara underground. Com suas músicas, ele me ensinou o que é ser um rapper de verdade”, reconhece. “Por enquanto, minha pretensão é apenas levar minha arte e meu conhecimento, e ser visto pela sociedade como um artista independente”, declara.
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