Caia na viagem astral de My Magical Glowing Lens com o clipe de Space Woods
Vocalista conta sobre sonho que deu origem ao trabalho
A partir de um sonho da guitarrista, cantora, compositora e produtora musical Gabriela Deptulski, idealizadora da lisérgica banda My Magical Glowing Lens, nasceu o videoclipe da música “Space Woods”. Por meio da mistura de elementos reais, ficcionais e experimentais, com concepções temporais distintas, o clipe procura adentrar na realidade subjetiva dos sentimentos contraditórios que nos atravessam na busca pelo significado da existência e pelo autoconhecimento. Processo no qual conceitos opostos, como liberdade e prisão, medo e coragem e passado e futuro, se unem e se confundem numa harmonia perturbadora.
Sobre o sonho que deu origem à música e ao vídeo, Gabriela conta que “se desprendia da terra e ia parar no espaço sideral, vagando sem rumo e sem nenhum astro para me atrair. A sensação era a de que eu pairaria pelos confins do universo para sempre, completamente sozinha”.
Ao relatar o sonho para Gustavo Senna (EXP Filmes) e Mirela Morgante (Chaleira Filmes), foi convidada a embarcar na produção do clipe da música. Os três trocaram referências, ideias, conceitos e anseios em torno de “Space Woods” para chegarem ao universo temático a partir do qual seria elaborado o roteiro do videoclipe.
Com a coprodução das empresas capixabas Chaleira Filmes e EXP Filmes, o projeto audiovisual de Space Woods foi aprovado em edital da Secretaria de Cultura do Espírito Santo (Secult/ES). Visando ousar e explorar a poética da faixa para além dos limites da linguagem, foi formada uma equipe altamente capacitada, criativa e entrosada, que promoveu aulas de atuação e coreografia com Gabriela, para a aquisição de atitudes e gestos corporais mais conscientes.
Os locais escolhidos para as filmagens, que incluem o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu (MG) e o sítio Javali (ES), também saem do lugar comum. Somam-se figurino, maquiagem e cenário que desestabilizam convenções e criam formas e imagens inovadoras. O resultado é um trabalho criativo, ousado, reflexivo e, sobretudo, feminista.