LATINA

Edson Velandia, o Brasil precisa saber de você!

Escuta esse obcecado-fazedor-de-canções que é bom! ;)

Bom mesmo é encontrar gente do tipo que “vai lá e faz”, né?! Começar a adentrar o universo das feitorias de Edson Velandia é perceber que seu critério é o agora. Pensar demais em identização e categorizações seria perda tempo a alguém que apenas vai lá e faz – boa música, diga-se de passagem.

Ilustração por Luciano Awa

Edson Velandia é colombiano, de família campestre e interiorana. Ator, compositor, violonista, produtor musical e, em outras palavras: contribuinte potente da música colombiana e latina, ora nas coxias, ora botando a cara no Sol. Sem saber onde cada coisa começa e termina. Sem pensar em lançar-se como tal coisa ou outra. Este cantautor estudou com Blas Emilio Atehortúa, um dos melhores sinfônicos do país, esteve em diversas bandas e direções de projetos e, por agora, lança seu último álbum, Montañero. Um disco infantil que celebra a vida campestre e inclui ainda um livro ilustrado por seu filho, Luciano Awa.

Nessa caminhada de fazeres de Velandia, recomendo o primeiro play na orelha nessa banda felínica que é lembrada sempre com tanto carinho pela cena bogotana, principalmente quando fala-se em rasqa – gênero que a banda apelidou o próprio som, reverenciando personagens marginais do circo e do teatro como os palhaços rascabuches -. Velandia y La Tigra já comemora 10 anos do lançamento do primeiro álbum e continuam perambulando, lançando singles aqui e acolá.

 

Montañero, o último álbum de Velandia, também acaba de ser lançado e o último single disponível nas plataformas de streaming é Emilio. Esse é o segundo projeto infantil de Edson, que prova que se há uma ideia preconcebida de discos infantis se tratarem de gravações insípidas e repetitivas, num processo muito mais de distanciamento e subestimação do que de equivalência ao universo das crianças, ela pode e deve ser esquecida.

 

Por fim, um play em Edson Velandia, ele por ele, para você começar tua semana pensando menos e rindo mais, tipo quando ele não tinha nada na geladeira, mas ainda podia fazer gelo e tinha o violão para musicar a vida.

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Thaylla Gomes

Correspondente na Colômbia levando choque centrobogotano diário de realidade. Pesquisadora, graduada em Comunicação e cursando Teoria, Crítica e História da Arte na Universidade de Brasília, acolhida pela Universidad de los Andes, em Bogotá, e agora entendendo melhor os encontros e dissonâncias entre a brasilidade e suas vizinhanças. Sabe mais de moda de viola do que a cara aparenta. Vai sempre pelo som regional, experiências locais e rolês com glitter. Desvendando a latinidade e gritando pelas coisas que resistem. Também invento palavras.

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