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ENTREVISTA! Distintos Filhos e o rock independente que deu certo

Com 13 anos de história no Rock BR, a Distintos Filhos dá um exemplo de amadurecimento musical

— por BIANCA MARTINS

Formada em 2004 e com dois álbuns lançados, a Distintos Filhos se destaca no cenário do rock brasileiro, sendo uma das bandas atuais mais respeitadas em seu estilo. Sempre na busca de boas parcerias e com 13 composições que mesclam o rock 80’s e 90’s, leva pro seu público um som underground que soa bem aos ouvidos.

Contando com a colaboração de Philippe Seabra (da lendária Plebe Rude), e com a participação do compositor e multi-instrumentista Dillo Daraujo na guitarra, Distintos Filhos lançou o seu primeiro videoclipe em 2013, da faixa “Deixa Acabar”:

Participante ativa de vários festivais locais e nacionais, além de vencedora do FUN Music 2012, troquei uma ideia com Paulo Verissimo, baixista, guitarrista e vocalista da banda:

ESCUTA: Vocês, para uma banda independente e de rock, chegaram super longe, participando de vários festivais no Brasil todo, inclusive ganhando o FUN Music de 2012! Qual vocês acham que foi o grande diferencial da Distintos Filhos para alcançar metas tão significativas?

Paulo: Acredito que não exista um grande diferencial, nós sempre corremos atrás, sempre estivemos ligados em editais e festivas. A gente sempre esteve na cola pra fazer as coisas acontecerem, quando a gente ganhou o FUN em 2012 o gás era bem maior, vivemos a música uns quatro anos de maneira bem intensa, depois rolou uma aliviada no ritmo, mas sem deixar de ficar ligado nas oportunidades, inlcusive ano que vem temos uma turnê no nordeste pelo Banco do Nordeste que vai ser bem legal! Acho que o diferencial foi esse, ficar sempre antenado com o que tá rolando no meio da música.

ESCUTA: Em 2013 a banda deixou de ser um trio e num novo modelo recebeu Túlio Lima na bateria, Marcos Valadares no saxofone e Losha Buah no trombone. Voltando agora à sua formação original como power trio. O que os levou a retomar ao arranjo inicial?

Paulo: Na verdade a banda começou como um trio, na gravação do primeiro disco entraram os metais e nós viramos um sexteto, mas daí os metais saíram da banda e viramos um quarteto, em seguida o baterista da época, Lucas, também saiu e entrou o Túlio Lima e depois chamamos a Losha e o Marcos para participar das turnês, o que deu muito certo, a gente tocou demais, tocamos praticamente no Brasil todo. Terminando a turnê a Losha saiu, em seguida o Marcos e voltamos pro quarteto com o Túlio que ficou com a gente um ano. Depois da saída do Túlio resolvemos não colocar mais ninguém na banda e manter a formação original com quem sempre esteve a frente comigo, que é o Marcos Amaral (teclado) e o Ivo Portela (Baixo/Guitarra/Vocal), que foi quem fundou a banda comigo. Temos uns músicos que tocam com a gente sempre que é o Maicon Vasconcelos (bateria) e os ex Móveis Colonais de Acaju: Paulo Rogério (saxofone) e Jefferson (trombone). Três cabeças se entendem melhor do que seis, tem sido positivo manter essa formação.

ESCUTA: Em “Exílio” de 2017 vocês contam com a participação de André Gonzales, do Móveis Coloniais de Acaju, uma banda com um som bem diferente da de vocês, como foi trampar com ele e como vocês acham que ele acrescentou nesse trabalho?

Paulo: Então, na real que Exílio é um trabalho bem diferente do primeiro disco, ele tem outra temática. A gente fez um convite através do Paulo Rogério, mandamos o som pra ele -que vem com uma pegada mais feliz, bem a ver com o André- ele adorou a ideia e topou na hora. Nós fizemos algumas parcerias muito boas pra esse álbum, tocamos com o Esdras Nogueira e com o João Suplicy, super talentosos, sete das faixas do novo álbum quem gravou a bateria foi o Peu Lima (baterista da Mamelungos). Cara, muita gente legal nesse disco, contamos também com o guitarrista Thiago Hoover, lá de Recife, com quem fechei uma parceria na música: Tchau Querida Democracia, que é uma música política, algo novo pra mim. É um pessoal que já conhecemos a um tempo, e pra esse novo trabalho o desejo era gravar com quem a gente gosta e se identifica, gente que faz música com o mesmo tipo de envolvimento do nosso. Legal de ser um trio é isso de poder ter vários convidados.

“Esse clipe a gente gravou dentro do frigorifico do meu tio.” contou, orgulhoso, Paulo Verissimo

ESCUTA: Em 2013 vocês lançaram um videoclipe da música “Deixa Acabar” com produção da própria banda, contando com o apoio de Philippe Seabra (Plebe Rude). Nesse novo trabalho, podemos aguardar uma nova produção audiovisual da banda?

Paulo: O clipe de “Deixa Acabar” foi dirigido pelo espanhol Oriol Barberà e a galera gosta muito do resultado, apesar de a gente não curtir muito…deve ser mal de artista, nunca estar satisfeito com o que faz, mas essa música foi muito importante pra nós, ela não tem refrão mas a galera gosta, foi a nossa primeira a tocar na rádio. Acabamos de lançar o clipe de “Mais Uma Vez”, que conta com lyrics feito pelo Tiago Palma (Etno) e direção de Gabriel Souto, um amigo nosso, o clipe é simples, na mesma pegada do “Não Leve a Mal”, até mesmo pelo propósito do disco, Exílio é um álbum mais sensato, mais porrada na cara, diferente do nosso primeiro trabalho que carregava um teor mais lúdico.

 

Esse ano a gente deve lançar mais um clipe, e além disso, em novembro, vamos gravar um mini doc chamado: Distintos Filhos Ao Vivo Lá No Quintal, na casa do Marcos Amaral, nosso tecladista. Será um show pra 40 convidados, além de fazer nosso som também vamos falar um pouco sobre a trajetória da banda. (Paulo Verissimo)

AGENDA DE SHOWS:

Você confere mais sobre a Distintos Filhos clicando aqui.

 

 

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