Com esse nome beeeeem brasileiro é conhecida a artista chilena que tem elevado a produção musical do país com um dos maiores índices de privatizações da América Latina e mais adiante no texto isso se fará muito importante para compreensão de uma concepção geral do que considero arte engajada e elevação da produção musical que a artista interfere positivamente.
Camila Moreno é uma cantora e compositora nascida em Santiago-Chile em 1985 que se tornou conhecida com o lançamento do álbum Almismotiempo em 2009. Sua pegada mescla indie, rock, além de suas referências tradicionais chilenas, que renderiam um longo debate, mas não é sobre gêneros que esse texto vai falar.
Bom, quem costuma ler o latineSE viu na semana passada que o caráter dos textos fala pouco do gênero e muito do impacto social das músicas, principalmente numa perspectiva latino-americana e decolonial. (Assunto que me especializo, além de amar a palavra DECOLONIAL).
Outro fator importante sobre este texto é que (eu, fictícius) sou apaixonaaaado pelas produções do Chile e Argentina então vou babar ovo SIM e me permitir viajar!
Não querendo ser muito Marxista por razões de:
PORRA QUE PORRA TA ACONTECENDO? DÁ PRA SER MORTO NESSA PORRA!
Mas já sendo marxista, a frase que vai conduzir este texto é a seguinte:
“O ser social determina a consciência e não a consciência determina o ser social.”
Sem muita filosofia acadêmica, de maneira geral:
Você só existe porque existem outros.
Sua existência só faz sentido dentro de um sistema determinado por um conjunto de regras, condutas e performances.
A realidade e noção de consciência dependem da produção material e das convenções sociais que estamos imersos.
Logo, se você vai parar em um país onde o imaginário de uma nação diz que todo indivíduo tem acesso à última tecnologia lançada e você não tem: – Você é diferente!
Pautado na ideia da construção do “ser” como diferente e dando um exemplo simples que está no plano material e concreto, voltemos pra Camila Moreno…
Aonde tem caos e um conjunto de regras que determinam como aquele ser social É E EXISTE, existirá revolução e gritos de NÃO! E isso é o cenário musical do Chile pra mim, e nem é necessário explorar tanto pois esses artistas procuram ter voz, o que eu chamaria de engajamento!
Voltando a Camila Moreno, risos… é impossível escutar alguns de seus trabalhos e não associar às questões políticas e de direitos HUMANOS que estamos vivendo aqui no Brasil.
Então eu vou começar bem objetivo com a indicação do primeiro videoclipe, porque o texto já tá grande…(aproveito para explicar que babar ovo significa admirar, contemplar). Por favor ouçam com muita cautela e amor no corazón que talvez eu faço até tradução na próxima semana 🙂
Na verdade eu decidi terminar o texto por aqui, beijo e boa semana pra quem leu e pra quem não leu também!
Camila Moreno – Millones
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