francisco, el hombre confronta depressão e loucura no novo clipe de PARAFUSO SOLTO
Obra encara medo e pânico com grito de consciência

O novo RASGACABEZA da francisco trouxe todo peso e poesia experimentados por Sebastián, Mateo, Juliana, Andrei e Gomes, NA VEIA. Como você já deve ter escutado em nosso podcast o álbum é a representação perfeita da evolução da banda em sonoridade, performance e lírica. Repete o efeito de levar a energia dos shows pra cada faixa como em SOLTASBRUXA. E o melhor, veio com a promessa de um clipe para cada faixa. Depois de ‘O Tempo é Sua Morada’, ‘ENCALDEIRANDO:: aqui dentro tá quente‘ e ‘CHÃO TETO PAREDE :: pegando fogo’, chegou a vez de PARAFUSO SOLTO : : ponto morto ganhar sua versão visual.

“O sentimento representado no clipe é tenebroso, mas é parte de mim. Foi só a partir do momento em que consegui assumir isso que eu entendi pelo que eu estava passando” , conta Mateo.
O convite já vem de longa data. “Muitas vezes, a francisco recebeu mensagens de fãs que pediam que o grupo fizesse músicas sobre depressão e, aos poucos, os integrantes perceberam a necessidade de falar sobre o assunto”, divulgaram.
A música e a arte como instrumentos de cura e até mesmo para manter a sanidade (quem não começa o dia escutando um som?) deveriam ganhar maior incentivo e investimentos, visto as pesquisas recentes como a da Organização Mundial de Saúde (OMS) que revela que até o ano que vem a depressão deve predominar entre os casos de saúde. Outra pesquisa feita na Suécia revelou que mais de 70% dos músicos entre 18 e 25 anos sofrem de algum sintoma de ansiedade, depressão, pânico e outras. Já entendeu a importância de não tratarmos como frescura um assunto tão sério?
“Já sabemos que depressão é a doença do século. Se não falarmos sobre isso, ela come pelas beiradas até não sobrar nada” , finaliza Mateo.
Em mais uma interpretação engajada da dupla latino-brasileira, todo cansaço, fadiga, ranço e desprezo estão esboçados em suas expressões enquanto são amarrados por camisas de força. Sua condição de debilidade limitam a luta contra a imposição das amarras, mas nada os impede de continuar pensando, criticando e cantando. No pior ambiente possível pra se estar, um hospício, o clipe produzido por Mateo potencializa o terror com efeitos, distorções e personagens que surgem de branco para executar a clausura.
Sozinha a música já apresentava uma mensagem de força, de siga adiante, ‘bota no ponto morto e vai’. O que jamais pode ser confundido com o piloto automático. Agora com o clipe o sentimento é de ‘estamos juntos’, de que todos estão doentes, sofrendo as consequências do tempo acelerando e do calor aumentando.
Ficha Técnica:
Dir. Sandrow Almeidan
Dir. de Fotografia: Rafa Giacondino
Dir. de Prod: Ane Oliveira
Primeira Ass. de Produção: Tati Braga
Segundo Ass. de Produção: Murilo Moraes
Prod. de Elenco: Ane Oliveira
Dir. de Arte e Figurino: Marko Dallabrida
Ass. de Arte e Figurino: Vinicius Tabarini
Elétrica: Kako Guirardo
Making Of: Paulo Pereira
Um filme de Mateo Piracés-Ugarte
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