Quebrando as fronteiras da música latina com o mundo, Bomba Esteréo mistura a música folclórica colombiana e caribenha, a cúmbia e outros ritmos originários do continente, com a música eletrônica, produzindo efeitos sonoros que não só fazem explodir como te envolvem na fumaça a dançar por entre os escombros. É assim que vai invadindo o mundo a cultura por muito tempo apagada propositalmente e estigmatizada sobretudo no Brasil como algo alheio e pobre. O engraçado é que justamente pela economia esse fenômeno acontece. Com o dólar cada vez mais alto a integração se faz necessária e bandas do Uruguai ao México estão rodando o país com mais frequência.
Nomeada ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Alternativa em 2015 com “Amanecer” e 2013 com “Elegância Tropical” a banda também acumula nomeação ao Grammy Alwards em Melhor Álbum Urbano/Alternativo Latino e mais três prêmios Nuestra Terra. Mas não é pela validação do grande mercado que a banda se destaca, mas por toda trajetória do rock até a feira de ritmos, sons, ruídos e remixes que experimentaram resultando na química louca que debocha da própria indústria da música internacional.
O som é visto por parte da mídia e crítica como POP e embora tenha se tornado, o famoso “deus me livre, mas quem me dera”, ainda disputa muita audiência com Drake e o seu cellphone. É difícil encontrar Bomba Estereo ou sons tão latinos quanto tocando em baladas que não sejam necessariamente segmentadas daquelas “Noite da cúmbia do centro acadêmico” ou “Confraternização da Embaixada da Venezuela”. O que é certo é que basta ouvir sem caretice a obra da banda que logo já estará envolvido e provavelmente mexendo alguma parte do corpo.
Certamente voltaremos a falar de Bomba Estereo por aqui, mas como introdução é suficiente apresentar os clipes que são altamente produzidos e traduzem fielmente a alma da banda, com tropicalidade latente e a inevitável sensação de calor que trazem o desejo de pegar um fusca 1987 e sair viajando a América Latina.