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SAIU! “O céu é o limite” traz Mano Brown, Emicida, Rincon Sapiência, BK, Djonga e Rael

Encontro de peso do RAP, a faixa fala sobre vitória do gueto

Segura o celular, senão cai no chão! O som pesadíssimo “o céu é o limite” traz um time de primeira linha do rap nacional: Emicida, Rincon Sapiência, BK, Djonga e Rael, além do rei, Mano Brown.

A música traz aulas de flow, mensagem e atitude. O som tem produção musical e direção executiva de Devasto Prod.

“Triunfo, se não for coletivo, é do sistema.”

 

 

Confira a letra completa da música:

 [Verso 1: Rincon Sapiência] Hoje todo neguin’ quer juntar um din’
Ver filme de Ogum e não de Odin
Muitos querem ser preto como nanquim
Sem a luta, querem a senha e o login
Portando ouro sem meter os canos
Um Rolex avisando qual é o horário
Não terei o privilégio de um Vaticano
Se eu roubar, não vão dizer que eu sou um santuário

Han, ai, ai, é um jargão
Linhas pretas demais eu escrevo com carvão
Vaidoso como um pavão
Fechaduras enormes, tenho que ser um chavão
É o super poder, sobreviventes de uma época super feroz (ai, ai)
Falta muito, mas meu filho vê as cara preta referência de super-herói [Verso 2: BK’] E as favela’ quer level up, eles só deram UPP
Podem vê-los DNA, TNT e não é o canal de TV
Que todo irmão em movimento, pode ser ao mesmo tempo
Melhor ou pior de todos os tempos
Somos de onde as Marias morrem só
Onde os cristos nascem e os reis narcos trazem pó, crack, loló
Anos são 2000, pentes de 90
Independente da estação porra o clima sempre esquenta
Rap é pra geral, pretos, brancos, ricos, pobres
Ok, mas nós sabe qual lado que morre

Então sem maquiagem fiz os pretos se achar bonito em frente ao espelho
Se amando do próprio jeito, fazendo do nosso jeito
E nunca de qualquer jeito (jamais, jamais)
É desse jeito
Meus irmãos no trabalho
Nepotismo é o caralho
Isso é o gueto organizado
Prr, prr, fé [Refrão: Rael] Melhor irem se acostumando
Vão ter que se adaptar
Os pretos com o din’ gastando
Sem se preocupar
E pra contrariar seus planos
Nas grades não vamos ficar
Unidos, se fortificando
Ei, quem vem lá [Verso 3: Emicida] E se na sua vez de ser Deus, o mundo todo for ateu? (fudeu)
Vai lá, passa a visão, Morfeus (fato é)
Esse mundo já morreu (ave)
Os sonhadores são, no máximo, maquiadores de cadáver
Entre bandeiras dixie, eu sou take six
Enquanto compro cadeiras vip pra assistir o apocalipse
Dualidade fudida, salva a traça que ataca a casta
Empaca e arrasta minha qualidade de vida
É isso, qualidade de vida, bom prêmio
Basta de depressão, meu parça, já sou o Grand Canyon
Tu afasta memo os polo, contrasta, controla
Enquanto eu brindo com o veneno e brinco de Han Solo
Eu bolo o plano, os mano, e canto o esquema
Triunfo, se não for coletivo, é do sistema
Sobrevivo ao like, ao lacre, aos Macri, ao Depatri
E abro distância continental, me chama de Acre
Altitude de cruzeiro e foda-se a vertigem
Nanã me disse: “Eu também vim da lama, zica, prefácio, origem”
Não é fácil, a sina é rancorosa e tudo que eu toco
Vira uma foda onde só a favela goza [Verso 4: Djonga] Uh, isso aqui é igual futebol, tem que ter raça
Guerra no Brasil não é tanque, é terraço
Uns mano de ParaFAL na caça
Se os cana passa, é só rajada de uva passa
O boy me questiona se me vê de carro
Filha da puta, nunca me pagou um cigarro
Nasci no cais da vida, eu fui Rui Chapéu
É, pra não rodar igual bola oito
Que nem ela, eu sou preto, com a parte branca
E minha parte branca é a do português safado que estuprou minha ancestral
Então falemos de futuro
Se prepare pra ver preto sem matar e sem roubar no seu jornal
O povo se perde na branca, entenderam errado o ditado “ao pó voltaremos”
Que não te falte tesão em viver
Já que o pior broxa é aquele que não quer fuder
Retrato da sociedade é o moleque com
​iPhone 7 na cintura tomar sete tiros
Confundido por sete tiras
No sétimo dia, sua coroa ainda chora
Se hoje o gueto é onda, não tente surfar, bro
Vai terminar submerso
Perguntam como eu entrei pra história em dois anos
Deve ser porque eu botei 23 nos versos [Refrão: Rael] Melhor irem se acostumando
Vão ter que se adaptar
Os pretos com o din’ gastando
Sem se preocupar
E pra contrariar seus planos
Nas grades não vamos ficar
Unidos, se fortificando
Ei, quem vem lá [Verso 5: Mano Brown] Hey
Porque eu sou cheio de querer
Dinheiro é pouco pra nós
Mais munição e um motor mais veloz
Mais elegância e amor, menos recalque
Hmm, viva a Deus, viva ao funk
Minha cara de ladrão
Pega a visão, são seus olhos, baby
Pelos preto e pelas verde
Os negro aqui não quer só comida
Divergências à parte
Uns querem mais emprego, diversão e arte
Eu particularmente quero uma G3
Eu vou de Maseratti e ParaFAL, 2-2-3
Falo, 40 atos, 400 cavalos
Enquanto eu faço amor nos quatro cantos
Mil fita nessa feat, eu amo esse beat
O céu é o limite, eu vou, vamo’ [Refrão: Rael] Melhor irem se acostumando
Vão ter que se adaptar
Os pretos com o din’ gastando
Sem se preocupar
E pra contrariar seus planos
Nas grades não vamos ficar
Unidos, se fortificando
Ei, quem vem lá [Verso 6: Rael] Eu não sei se é a minha cor
Ou se é o meu jeito de andar
Sempre tem um detector
Querendo me parar
E eu não sei se é a minha cor
Ou se é o meu jeito de andar
Sempre tem um detector
Querendo me parar
Comprei um carro e coloquei aquele Sem Parar
Só que os home’ tem mania de sempre me parar, parar, parar
Comprei um carro e coloquei aquele Sem Parar
Só que os home’ tem mania de sempre me parar, parar, parar

 

 

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Natan Andrade Medeiros

Escritor de ficção científica e histórias de boteco, palpita nas horas vagas sobre música em todas as suas formas de vida (seja ela animal, vegetal ou mineral). Publicitário pela UnB e especialista em Mídias Sociais. Escreve contos e crônicas na publicação Simbiose, no Medium, desde 2016. Natan Andrade também está por trás dos podcasts da ESCUTA.

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