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LISTA #escutaqueébom MAIS BRASIL: 100 ÁLBUNS DE 2018

É álbum, disco, CDeDVD, EP, lançamento virtual... misturamos tudo na lista mais democrática do ano!

Chegou o momento de passar o ano a limpo e ver no meio dos escombros o que restou da cultura brasileira. A surpresa é que nossa lista de 100 álbuns junto com o MAIS BRASIL é apenas uma parte das centenas de obras produzidas no país. Prova de que em tempos de crise só a arte pode salvar.

Muitas descobertas e claro, artistas que estão há anos na estrada consolidando suas carreiras apresentando o melhor da música brasileira em diferentes gêneros. Não se assuste se depois de um funk encontrar um rock stoner, ou ver um brega e um rap na mesma sequência! Também lançaremos a lista de músicas do ano e lá destacamos cada estilo.

O ano foi fértil, de resistência, luta e respeito, muito amor e muito trabalho. Por isso reunimos um time de curadores que escutaram o país de norte a sul e montamos uma lista democrática, fora do eixo e que foge do óbvio. No fim você encontra o perfil de cada integrante. Outro detalhe é que como começamos nossa página só em agosto, recorremos a vários veículos para contar um pouco sobre cada álbum. Com isso você também vai conhecer outras fontes pra acessar e escutar música brasileira!

A ideia não é criar um ranking, afinal no meio dessa diversidade um top absoluto jamais seria capaz de representar a realidade, ou seja, não há uma ordem de importância aqui. Trouxemos álbuns indispensáveis, que foram ou deveriam ter sido bastante executados.

Ouça também o último podcast de 2018!

Então… bora fechar o ano com muita música boa?

ELZA SOARES – DEUS É MULHER (RJ)

Pra começar temos a deusa que se reinventa e ocupa os principais espaços da cultura brasileira provocando e inspirando. Após surpreender em 2015 com “A Mulher do Fim do Mundo” Elza juntou Kiko Dinucci, Alice Coutinho, Mariá Portugal, Romulo Fróes, Douglas Germano, Rodrigo Campos, Luciano Mello, Pedro Loureiro, Pedro Luís e ainda Edgar e Tulipa Ruiz numa obra que já nasceu clássica e necessária para nossos tempos.

DJONGA – O MENINO QUE QUERIA SER DEUS (MG)

Dessa vez o rapper mineiro, revelação nas principais listas de 2017 chegou chutando o racismo e provocou discussões furando a bolha e alcançando novos públicos. Suas letras seriam fortes se não fossem tão reais e cotidianas, os beats do Coyote evoluíram e com a participação de Sidoka, Sant, Hot, Paige e Karol Conká o disco é imperdível. Destaque para “Junho de 94”, “Canção Para Meu Filho”, “Corra” e “Estouro”.

CARNE DOCE – TÔNUS (GO)

Aclamados pela crítica e ampliando seu público a cada show esses goianos já são quase sócios da ESCUTA. Em entrevista publicada pela Lana Oliveira a Salma até afirmou “É possível que quem se interessou no nosso trabalho por causa da pauta feminista não goste tanto do novo”.

BACO EXU DO BLUES – BLVES MAN (BA)

Destaque nas principais listas deste ano o rapper baiano apresentou essa obra que ainda vai mexer muito com a gente em 2019. Com participações de Tim Bernardes, 1Lum3, DKVPZ, Bibi Caetano e Tuyo destaque para “Queima Minha Pele”, “Me Desculpa, Jay Z” e “Flamingos”. Fizemos 3 perguntas pro Baco, clique aqui pra assistir!

JOE SILHUETA – TRILHAS DO SOL (DF)

De Brasília para os palcos dos principais festivais do Brasil os brasilienses/candangos estão resgatando uma onda no rock que mistura nostalgia com futurismo exalando liberdade, loucura, mas também consciência. Fique atenta à agenda de shows mais perto da sua casa, a performance da banda é envolvente e tira o fôlego.

TUYO – PRA CURAR (PR)

Quer sarar a dor sem doer muito? Impossível. E o trio paranaense desmistifica os idealismos que nos acometem e são justamente os responsáveis por toda essa confusão de sentimentos. Com influências latinas os beats lo-fi do Machado são a moldura perfeita para as vozes de Lio e Lay. E é ele quem abre o disco.

EDGAR – ULTRASSOM (SP)

Se deixe incomodar pelas palavras que esse grande novíssimo artista canta e os sons futurísticos e cheios de referência do Pupilo. Uma obra de arte completa, com estética que confronta enquanto provoca admiração. Um som pra não deixar ninguém conformado. Edgar não é só profeta do caos do ecocídio e do futuro insano da tecnologia, mas das veias abertas da América Latina que pulsam e gritam por justiça.

DIOMEDES CHINASKI – COMUNISTA RICO (PE)

Enquanto a aparência de nossas ruas toma um ar careta e conservador, esse autodeclarado bolchevique rompe a apatia e indiferença e é direto em suas rimas. Se alguns têm medo de assumir suas posições políticas não é o caso desse pernambucano que demonstra plena consciência do pão e circo que estamos envolvidas e na atual conjuntura que é séria demais pra ser levada só na brincadeira e no entretenimento. Uma mixtape com qualidade técnica digna da poesia que carrega.

ANELIS ASSUMPÇÃO – TAURINA (SP)

Aqui nem precisamos falar muito, corre lá no nosso canal pra conferir a entrevista com Anelis Assumpção e ouvir da boca dela o que esse álbum significa. Ainda falamos sobre a herança artística do pai Itamar Assumpção, a presença cada vez mais forte das mulheres na música e a patrulha masculina na arte.

DUDA BEAT – SINTO MUITO (PE)

Indicada como revelação do ano na lista da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) Duda Beat vem chegando de mansinho e emplacando sons que ficam na memória e são a primeira lembrança na hora de curtir uma tarde ensolarada mexendo o corpo, com destaque para “Bixinho” e “Bolo de Rolo”.

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Felipe Qualquer

No rádio desde moleque, está no ar na Rádio Cultura de Brasília; pesquisa o universo da música e escuta de tudo. Foi Head de Estratégia e Criatividade da Music2Mynd e Diretor de Comunicação do S.O.M, canal de música da Mídia Ninja. Em MG atuou nas rádios Minas, Nova e 94FM. Em Brasília passou por MIX FM, Transamérica e Rede Clube. Escreveu para os jornais Gazeta do Oeste e O Popular e Revista ShowBar. Produtor cultural desde 2010 com trabalhos no festival EcoMusic, Rua do Rock, Usina de Rima, Grito Rock, Festa Nacional da Cerveja, Toma Rock, Transamérica Convida, No Setor e Cervejaria Criolina. Estudou Comunicação e Teoria, Crítica e História da Arte na UnB com extensão em Music Business pela PUC-RJ.

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