Estrelado por Jim Carrey em 1998, o filme O Show de Truman retrata a rotina de um homem comum que se tornou um grande fenômeno midiático em sua cidade, mesmo sem saber que estava sendo observado. Ilustrado pelos conceitos da sociedade do espetáculo, o espectador que acompanha o desenrolar da vida de Truman passa a viver em função de uma falsa realidade, chegando ao ponto de não distinguir mais o real do irreal. Mesmo que duas décadas depois, o filme apresenta um envolvimento social muito próximo da atual estrutura comportamental da sociedade contemporânea. É com essa mensagem que Thalles lança, nessa sexta-feira (30), a canção The Truman Show, que conta a história de um personagem que está preso em uma realidade sem conseguir fugir, sendo assistido como um produto de entretenimento.
O artista traz questionamentos com base em sua própria carreira, refletindo sobre os limites entre o público e o privado que acabam se misturando como um espetáculo de ficção. “Quero que a arte me faça crescer como pessoa e não ao contrário. Somos indivíduos na vida como ela é, sem cortes, e não a partir de uma realidade construída”, explica Thalles. A canção, que mostra a essência do cantor com elementos de voz, violão e acordeon, é o quinto lançamento do projeto 12 X single, que vai trazer uma nova música por mês ao longo de um ano. The Truman Show revisita temas já familiares para Thalles, como a presença do mar e a espetacularização da vida, que já foram abordados em outros trabalhos do artista como You, The Ocean and Me e Olivia.
SOBRE THALLES
Com uma forte bagagem das artes cênicas, Thalles já mostra em sua música as influências do cinema, sempre trazendo doses de lirismo, dramas, paixões e personagens às canções. Seu primeiro álbum, Utopia, traz 11 faixas autorais divididas em dois atos: um mais solar e outro mais frio. Seu rock alternativo ecoa com sons metalizados e elementos eletrônicos, com a presença de instrumentos como charango, viola violino, quarteto de cordas. Cada música do disco forma a história de um universo narrativo, com clipes dirigidos pelo próprio Thalles.
O primeiro trabalho de Thalles no cinema foi com o filme Yonlu, com direção de Hique Montanari, que resultou no prêmio de Melhor Ator pelo New Renaissance Film Festival de Amsterdam, além de Prêmio Humanidade pela mensagem social que o filme possui. Thalles também foi premiado como Melhor Ator pelo Agenda Brasil, Festival Internacional de Cinema Brasileiro, em Milão, na Itália. Além disso, Yonlu também recebeu o prêmio Abraccine de “Melhor filme brasileiro de diretor estreante” na Mostra de São Paulo em 2017 e também recebeu indicação no Festival Internacional de Cinema de Madrid nas categorias de Melhor Filme e Melhor Ator.
Thalles faz parte do elenco do filme O homem cordial, dirigido por Iberê Carvalho e estrelado por Paulo Miklos, que estreou na mostra competitiva do 47º Festival de Cinema de Gramado, em agosto. Seu trabalho mais recente é o papel como protagonista no filme brasileiro Ecos do Silêncio, produzido pela Asacine, que se passa em três países: Brasil, Argentina e Índia, com locações nas cidades de Brasília, Buenos Aires e Varanasi.
