Vibes Gerais: o reggae que vem de Minas

— por Daran Cruz

A música brasileira tem grande contribuição da música mineira. Importante centro cultural e histórico, Minas Gerais participou ativamente do cenário da música nacional no século passado, traduzida em diferentes gêneros. Nomes de peso como Clube da Esquina com Milton Nascimento e Lô Borges, colocaram a música mineira no centro das atenções na década de 70. Na década de 80, podemos destacar duas bandas de metal que ganharam o mundo e inseriram o Brasil no cenário mundial do metal: Sepultura e Sarcófago. Os anos 90 vieram e com eles Skank e Jota Quest. Mas o que importa pra gente mesmo são os anos 2000. Vendo tanto valor saindo das Minas, fomos ver quantas pedras preciosas garimpamos no cenário underground mineiro.

Conhecendo as Minas, dei de cara com um reggae gostosinho de ouvir admirando os belos montes mineiros curtindo suas cachoeiras e se reconectando com a natureza, mandando aquele e refletindo sobre as desigualdades desse mundo injusto. Após 7 anos tocando juntos, Lucas e Dudu (@lucas_good_vibe ;@dudurezmusica) da banda Good Vibe (@bandagoodvibeoficial) fazem sua estreia autoral este ano de 2018, com o EP entitulado TriBo – que conta com a participação especial de Fabinho (@fabinhomaneva). O EP conta com 3 músicas, e a banda já tem planos para o futuro, com previsão para o lançamento do próximo álbum em janeiro de 2019.

Além da influência direta de Maneva, o que mais faz o som da banda (segundo os próprios caras) são: Groundation, Ponto de Equilíbrio e (não podia faltar) o filho legítimo de Jah, Bob Pai de Todas as Tribos Marley.

Minha vontade era estar longe daqui
Desse sistema desse mundo anti social
Onde as pessoas pudessem se divertir
Sem cobranças, diferenças, preconceito racial.

Good Vibe entra pra nossa lista de apostar e estamos ligados nos próximos lançamentos da banda. Já nesse clima de fim de ano, que 2019 traga muito Reggae para libertar nossas cabeças das correntes do sistema, do ódio emanado pelo Império do Mau.