BRASILEIRA

Francisco, el hombre lança o esperado RASGACABEZA com o dobro de peso e poesia

Segundo álbum da banda carrega três anos de muita experiência e música

Como já premeditado em nosso episódio de hoje do PODCAST ESCUTA QUE É BOM o novo álbum da banda latinobrasileira Francisco, el hombre “RASGACABEZA” chegou com ainda mais fôlego, peso e poesia. Com exceção da faixa já lançada “O Tempo é Sua Morada :: celebrar” todas as outras 7 são cheias de energia, repletas de instrumentos e beats vibrantes. O som que é rock – ou melhor dizendo: punk – transpirando latinidade experimenta ainda mais elementos eletrônicos e sonoridades que se aliam muito bem ao talento de Juliana Strassacapa, Andrei Martinez Kozyreff, Rafael Gomes e os irmãos Sebastián e Mateo Piracés-Ugarte enquanto músicos.

“CHAMA ADRENALINA” que abre o álbum foi o perfeito prelúdio para esta nova obra que acumula três anos de experiência da trupe pelo Brasil e o mundo. De festival em festival a banda adquiriu confiança e maturidade para ousar sem se preocupar com a opinião dos críticos e muito menos com a empolgação insuficiente dos entusiastas de apê. O som é feito de forma muito visceral e espontânea pra aceitar rédeas. Quem acompanha de fato a vida dos integrantes, sabe da honestidade de todo esse movimento, não há “forçação de barra”, eles realmente são assim…

Dessa vez o recado vem de forma subjetiva como em “CHÃO TETO PAREDE :: pegando fogo”, mas bem explícita pra quem está enxergando por detrás das cortinas de fumaça, gás lacrimogêneo e pimenta nos olhos. Além das igrejas, do palácio, da rua, do museu e do circo pegando fogo, as letras não perdem tempo em queimar ninguém, esse trabalho já foi feito em “Soltasbruxa”. Francisco está a anos luz e veio do futuro pra avisar que sofás, cadeiras e banquinhos já caíram em desuso.

As críticas contidas em “TRAVOU :: tela azul” à vida contemporânea, o centro e a capitalização nos deixam em suspenso até “ENCALDEIRANDO :: aqui dentro tá quente” te convidando a se jogar na fogueira e relembrar – se já teve o privilégio, sim – de ir a uma das performances ao vivo da banda. Que a propósito começou a tocar algumas das músicas nos shows recentes.

Um suspiro em meio ao fogo do novo álbum

A produção é uma obra a parte. As captações mais aprimoradas ou sujas, a mixagem de dias e noites, a masterização que faz vozes e instrumentos dançarem em nossas cabeças não são propaganda enganosa. Aceleram até rasgar, como em “PARAFUSO SOLTO :: ponto morto”. A única coisa que sentimos falta foram os metais como em “Tá com Dólar Tá com Tudo” e “Como Una Flor”. [fica a dica pras faixas bônus].

Falando em bônus a banda já anunciou que sairá um clipe para cada faixa. Ou seja, temos mais 6 motivos para sofrer de ansiedade. Os bpm de “MANDA BALA FOGO :: eu não preciso de você” administrados em doses elevadas são recomendados para o tratamento… os batimentos cardíacos ficam por conta de “SE HOJE TÁ ASSIM :: imagina o amanhã” que encerra a obra da melhor forma possível, você quer mais e aí repete.

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Felipe Qualquer

No rádio desde moleque pesquisa o universo da música e escuta de tudo. Foi Head de Estratégia e Criatividade da Music2Mynd e Diretor de Comunicação do S.O.M, canal de música da Mídia Ninja. Em MG atuou nas rádios Minas, Nova e 94FM. Em Brasília passou por MIX FM, Transamérica, Metrópoles e Rede Clube. Escreveu para os jornais Gazeta do Oeste e O Popular e Revista ShowBar. Produtor cultural desde 2010 com trabalhos no festival EcoMusic, Rua do Rock, Usina de Rima, Grito Rock, Festa Nacional da Cerveja, Toma Rock, Transamérica Convida, No Setor e Cervejaria Criolina. Estudou Comunicação e Teoria, Crítica e História da Arte na UnB com extensão em Music Business pela PUC-RJ.

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