
POP
Ainda que nossa pesquisa tenha foco na música brasileira fora do mainstream, em trajetórias paralelas, alternativas, autônomas, independentes, como quer que seja, estamos sempre atentas ao que a grande indústria da música está lançando e como isso vai ganhando corpo em nossa cultura. Particularmente confesso que por trabalhar em rádio isso é inevitável, mas grande parte da curadoria concorda que é preciso saber valorizar o que é realmente popular. De certa forma acaba sendo elitismo nos limitarmos às bandinhas indie e ao que circula nos palquinhos da classe média tilelê good vibes. Por outro lado nem precisamos dar holofotes a tudo isso, visto que já é imposto pelas velhas mídias e acaba repercutindo. Mas… diante de todas essas discussões uma coisa é certa, a ESCUTA é do povo, nós somos estudantes e trabalhadoras que sofrem no transporte público e adoram um boteco copo sujo. E já está mais do que comprovado que você pode sim ser cult e botar Calcinha Preta na jukebox.
Começando com a salvadora do pop nacional Iza trazendo Rincon pra cena e a entrada de mais um cara “de lá” nas rádios Rashid ao lado de Luccas Carlos que apesar de ser rap, colocamos nessa categoria pela repercussão que teve esse ano. Na sequência os mineiros da Lagum que cantaram com a revelação Cynthia Luz, o capixaba Silva e seu som leve praiano seguido dos irmãos Melim. Acho que tá todo mundo querendo praia nesse Brasil! Pra trazer um ar cosmopolita e colegial, Jão surge na cena com quatro hits e “A Rua” foi escolhido pra representar a estreia do cantor. Aí chega a hora que todo mundo esperava com o estouro da nossa rainha do sertanejo contemporâneo Marília Mendonça culpada pelos problemas de nossos fígados e as quatro irmãs que desbancam todos os minions de calça apertada. Elas já provaram que chegaram pra ficar no cenário e nós até achamos que podem anular o contrato dos machos, deixa só elas que tá resolvido. Pra fechar Pabllo Vittar que emplacou o topo dos apps de música e ferveu até as pistas da família tradicional brasileira, não vamos esquecer do reveillon galera. E outro que provocou geral esse ano, principalmente os críticos da EDM, chega com um feat internacional em “FAVELA”.
Muita gente que ouviu a sequência se surpreendeu com o número de músicas que já haviam escutado, mas que nem sabia de quem eram… experimente!
IZA E RINCON SAPIÊNCIA – GINGA
RASHID E LUCCAS CARLOS – BILHETE 2.0
LAGUM E CYNTHIA LUZ – EU NÃO VALHO NADA
SILVA E ANITTA – FICA TUDO BEM
MELIM – OUVI DIZER
JÃO – A RUA
MARILIA MENDONÇA PART. MAIARA E MARAÍSA – AUSÊNCIA
SIMONE E SIMARIA – PAGA DE SOLTEIRO FELIZ
PABLLO VITTAR – DISK ME
ALOK – FAVELA
ELETRÔNICA
Sim, Alok era pra estar aqui, mas seu posto no POP é resultado do trabalho internacional que está fazendo e sua trajetória meteórica no mercado da música. O que abriu portas tanto para o irmão Bhaskar que aparece aqui ao lado de Hungria em um dos hits do ano como para o mineiro The Fish House que também representa a nova geração da música eletrônica nacional e já toca no rádio. Karol Conká se aproxima cada vez mais das pistas e com a alma do rap fincou os saltos na noite. Teto Preto é a revelação que foge da curva, já conhecida no ano passado com “Gasolina” reprodução obrigatória nas noites alternativas, chegou com tudo em 2018. Linn da Quebrada, Pepita e Gloria Groove, que fez feat com Leo Satana, consolidaram o espaço na cultura LGBTQ e quebraram a cara da sociedade junto com Pabllo Vittar que volta à lista com seu hit irresistível e participação no novo trabalho da deusa Alice Caymmi. Representando o funk Kevin O Cris que você COM CERTEZA já escutou.
KAROL CONKÁ – KAÇA
TETO PRETO – BATE MAIS
BHASKAR E HUNGRIA – ABRAÇO FORTE
GLÓRIA GROOVE E LEO SANTANA – ARRASTA
PABLLO VITTAR – SEU CRIME
THE FISH HOUSE – MENINA
LINN DA QUEBRADA – COYTADA
KEVIN O CRIS – MEDLEY DA GAIOLA
ALYCE CAYMMI E PABLLO VITTAR – EU TE AVISEI
PEPITA – CHAMA A BELEZA
@ pooo mo foda! ! Salve salve galera desde chile!!
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