BRASILEIRA

“É preciso estar atenta e forte, não temos tempo de temer a morte”

Iza e Caetano desafiam inteligência artificial e recriam clássico "Divino Maravilhoso"

Quando escutamos em janeiro e incluímos em nossa lista de lançamentos, nem imaginávamos o processo criativo e o desafio que envolveram a produção dessa nova versão. Utilizando inteligência artificial o produtor musical Dudu Marote deu nova vida ao clássico, com timbres modernos e masterização aprimorada.

“Divino Maravilhoso” é um dos refrões mais famosos da Tropicália. Lançada no auge da Ditadura em 68/69 foi composta por Caetano Veloso e produzida por Gilberto Gil, mas ficou famosa mesmo na voz de Gal Costa. O primeiro ponto em comum nessa nova interpretação de Iza. Mulheres fortes que tem como arma mais poderosa a própria voz, suas vivências, exemplos e trajetórias.

O segundo é a semelhança dos tempos em que vivemos. Apesar dos 50 anos que nos separam da primeira versão de “Divino Maravilhoso” a atenção continua necessária. O engraçado é vermos uma produção toda baseada em tecnologias futuristas, aplicáveis tanto na arte como no dia a dia, resistindo e cantando nas entrelinhas sobre questões tão medievais. Além de observar que desde que surgiu, o Tropicalismo era bem mais moderno que “esse povo que tá aí” hoje em dia. Driblando a caretice e a falta de sabedoria dos medíocres, ingênuos e hipócritas.

O toque de inteligência artificial através dos aplicativos desenvolvidos pela Google deu à música um corpo mais eletrônico, sem esconder a alma do violão e as raízes dos batuques extraídos por Dudu Marote das plataformas. Os samples e o processamento das vozes também atingiram níveis altamente profissionais, como se o produtor já conhecesse as ferramentas há anos. Confira como foi:

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Felipe Qualquer

No rádio desde moleque, está no ar na Rádio Cultura de Brasília; pesquisa o universo da música e escuta de tudo. Foi Head de Estratégia e Criatividade da Music2Mynd e Diretor de Comunicação do S.O.M, canal de música da Mídia Ninja. Em MG atuou nas rádios Minas, Nova e 94FM. Em Brasília passou por MIX FM, Transamérica e Rede Clube. Escreveu para os jornais Gazeta do Oeste e O Popular e Revista ShowBar. Produtor cultural desde 2010 com trabalhos no festival EcoMusic, Rua do Rock, Usina de Rima, Grito Rock, Festa Nacional da Cerveja, Toma Rock, Transamérica Convida, No Setor e Cervejaria Criolina. Estudou Comunicação e Teoria, Crítica e História da Arte na UnB com extensão em Music Business pela PUC-RJ.

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