
FROID – TEORIA DO CICLO DA ÁGUA (MG)
Evoluindo em suas rimas, estética e musicalidade o rapper mineiro radicado em Brasília chegou este ano pesado apesar de seu corpo cada vez mais sarado. Alcançando milhões de plays em pouquíssimo tempo inventou e reinventou a música interagindo sempre com seu público e rompendo fronteiras. É bom porque é mal, bro! Não deixe de escutar “Garota”, “Fique Rico ou Moralismo”, “Cristal” e “Colibri”, sem contar os “Bilhetes” I, II e III, “Lamentável” e “Alaska” II, “Blogueira”, “Bang” e “Teoria do Ciclo da Água”, “Q?” então… o disco todo mesmo!
NEGRA LI – RAÍZES (SP)
Vamos deixar pro Cleber Facchi do Miojo Indie a tarefa de descrever o terceiro álbum desse patrimônio do rap nacional. “Li amplia de forma inteligente o diálogo com a música pop, porém, preservando o tom sóbrio que inaugura o trabalho. […] Poucas vezes antes um registro entregue pela artista paulistana pareceu tão completo, reflexo da profunda maturidade e refinamento estético que orienta cada elemento do álbum.”
VANGUART – BEIJO ESTRANHO (MT)
Em mais um álbum repleto de nostalgia, paixão e calor a banda cuiabana que virou referência no rock alternativo traz faixas que você não pode fechar o ano sem escutar. Destaque para “Beijo Estranho”, “E o Meu Peito Mais Aberto Que o Mar da Bahia”, “Homem-deus” e “Eu Preciso de Você”. Este ano no podcast lançamos o ESCUTATÓRIO onde contamos toda a história da banda, escuta!
EL EFECTO – MEMÓRIAS DO FOGO (RJ)
Pra quem já conhece “Pedras e Sonhos” de 2012 e “O Encontro de Lampião com Eike Batista” o novo álbum da banda carioca é só a continuação da música brasileira por excelência que fazem. Dessa vez “Café”, “O Drama da Humana Manada” e “O Monge e o Executivo” impactam e fazem refletir sem tirar o samba e o rock dos tímpanos. As 7 faixas são primorosas e mostram uma mistura profissional e agradável do cavaquinho, a percussão e a guitarra.
MUNDO LIVRE S/A – A DANÇA DOS NÃO FAMOSOS (PE)
Estamos muito assustadas por não ter encontrado esse álbum em nenhuma das listas deste ano. Culpa da banda? Definitivamente não. Com novos circuitos e fluxos da música brasileira a atenção acaba se voltando para novas concentrações, o que me parece perigoso visto que o 8º álbum dos recifenses foi indispensável para pensar música, política e cultura em 2018. No NA MIRA DO GROOVE Tiago Ferreira traz uma crítica certeira para o álbum. “Mais de 7 anos separam A Dança dos Não Famosos do antecessor Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa (2011), disco que apontava uma direção mais eletrônica por parte do Mundo Livre S/A. Não que isso seja algum tipo de ruptura. Afinal, orgânico e sintético, irônico e verossímil, enfim, onde muitos enxergam dicotomia Fred Zero Quatro vislumbra a oportunidade de realçar a essência da banda que mantém desde 1984.”
SILVA – BRASILEIRO (ES)
Mais pop do que nunca o artista invadiu as rádios esse ano e já recusa entrevistas no dia do show para descansar a voz. Reflexo de como vem conduzindo a carreira com dedicação. O capixaba começou no gospel com o irmão e hoje é um dos porta-vozes da liberdade sexual masculina. Com Anitta tentou deixar tudo bem, mas deu ruim, nada será mais como era antes. Vamos ver como será ano que vem.
LUIZA LIAN – AZUL MODERNO (SP)
Dona de uma voz poderosa a paulistana conquistou este ano o Melhor Álbum da APCA e figura no topo das listas do ano. Sobre o disco o Rafael Chiocciarelo HITS PERDIDOS publicou “Essa liberdade instiga e faz com que suas melodias sejam fáceis de cantarolar. O universo imaginário do novo registro faz com que possamos nos identificar com suas passagens, estas tão vivas quanto um sonho”.
O TAROT – A ILHA DE VIDRO (DF)
Com o financiamento coletivo concluído com sucesso a banda apresentou este ano a segunda carta de seu baralho: o mago. Com ritmos ciganos, rock progressivo, tango, milonga, baião e com elementos teatrais em suas performances e estética a banda entregou uma verdadeira obra de arte, mostrando evolução e sincronia.
BK – GIGANTES (RJ)
Mais um gigante do rap entregou um álbum repleto de socos e musicalidade poderosa avançando em novos ritmos e experimentos. Reunindo Juyè, KL Jay, Baco Exu do Blues, Luccas Carlos, Sain, Marcelo D2, Akira Presidente e Drik Barbosa as 13 faixas mixam o Brasil com o mundo.
ÀTTØØXXÁ – LUVBOX (BA)
Se é pra meter dança esses soteropolitanos são profissionais. Rompendo fronteiras e revelando a nova geração da música baiana chegam com a swingueira que pulsa no coração e não deixa ninguém parado. Aproveita pra conferir a entrevista que fizemos com eles em nosso canal indicando músicas e respondendo perguntas.